Grupo encontra saída para a prática de línguas estrangeiras em Brasília

Encontros ocorrem quatro vezes por semana e são abertos ao público de todas as faixas etárias

Clube Poliglota Brasília reúne praticantes de línguas estrangeiras em restaurante da cidade O Clube Poliglota Brasília teve origem no ano de 2012 por meio da iniciativa do casal Eloy de Oliveira e Maira Machado. Em uma viagem ao Chile, eles conheceram um grupo de pessoas que marcavam encontros para conversar sobre assuntos diversos em idiomas estrangeiros. Quando retornaram, decidiram trazer a ideia para Brasília. O sucesso foi imediato.

O início, os encontros ocorriam apenas na primeira sexta-feira de cada mês, no Café do Chef na Asa Norte. O estabelecimento pertence a um familiar de Maira que acabou ajudando em sua divulgação pois também havia acabado de ser inaugurado.

Segundo Maira, a princípio, o canal utilizado para divulgação do clube era o Facebook, que permanece até hoje, e uma plataforma chamada Couchsurfing. Pouco a pouco, o casal decidiu tornar os encontros semanais, mantendo a mesma localização. Com isso, novas pessoas se aproximaram e se propuseram para contribuir e aumentar o grupo para outras localizações atuando como “hosts” (anfitriões).

O objetivo do projeto é promover a prática exclusivamente oral de línguas estrangeiras. Além disso, segundo a servidora pública e participante do clube Larissa Amaro, é um meio de permitir que as pessoas da cidade e regiões próximas interajam, façam novas amizades e, consequentemente, ampliem seu círculo social, o que é caracterizado como uma dificuldade pelos brasilienses.

O clube promove encontros às segundas, quartas quintas e sextas-feiras, em Águas Claras, na Asa Norte, no Setor Sudoeste e na Asa Sul, respectivamente. Para que isso ocorra, os organizadores, em negociação com donos de estabelecimentos comerciais, definem locais fixos para as reuniões. Dessa forma, fica garantido que sempre haverá uma estrutura com mesas e cadeiras reservadas e as pessoas podem, ao seu critério, consumir ou não o que é oferecido.

A participação nos encontros é gratuita, “basta chegar”, como afirmou Larissa, e independe se o(a) interessado(a) possui muito ou pouco domínio de algum idioma, visto que a única divisão que existe é relativa ao que a pessoa tem interesse em praticar naquele dia.

Após a iniciativa de um participante do grupo que tinha interesse que em os encontros acontecessem no Setor Sudoeste, o projeto foi ampliado para lá. Há apenas duas semanas esta região foi contemplada com reuniões às quintas-feiras, no restaurante Ready Beef. Já existem também atividades como piqueniques aos sábados, porém ainda não são definitivas, mas prometem tornar o Clube ainda mais lúdico e atrativo.

Segundo os fundadores do clube, a maioria dos participantes são brasileiros. Estudantes universitários e de idiomas, servidores públicos, autônomos, e, esporadicamente, estrangeiros, pessoas de embaixadas e de organizações internacionais, compõem o perfil majoritário dos frequentadores. Os idiomas mais falados são o espanhol, o francês e o inglês, seguidos pelo italiano e pelo alemão. O árabe, o japonês, o russo e o mandarim com menor frequência, entre outras línguas que, eventualmente, surgem interessados em utilizá-las.

Para quem tiver interesse em deixar de lado aquele “eu congelo quando tento falar em outra língua”, eis uma forma de fazer isso com prazer. O Clube Poliglotas Brasília dispõe de uma página no Facebook, com o próprio nome, onde publicam os locais e horários de todos os encontros, assim como outros assuntos afins à prática.

E para quem acha que praticar a língua de domínio é o limite, o estudante de Engenharia Aeroespacial Matheus Cardoch mostra que você pode acabar tendo uma “quedinha” por outro idioma do qual não tem tanto domínio, mas por, de certa forma, passar a conviver com ele.