Mercado Sul debate temática LGBTTT
- Henrique Gomes
- 14 de out. de 2016
- 2 min de leitura
Ocorreu neste sábado (08) o evento Cuerpos Libres - colore o beco, amore. Com a temática LGBTTT, o evento busca abrir mais espaços culturais para minorias. |

O Mercado Sul é um espaço de ocupação e resistência cultural em Taguatinga. No último sábado promoveu o evento Cuerpos Libres - colore o beco, amore. O coletivo Cuerpos Libres, em parceria com Mercado Sul Vive, Afrobixas, Corpolítica, CFEMEA, Slam das Minas e O’Beco Pub, buscam expandir o debate LGBTTT para conscientização e diminuição das desigualdades presentes em nossa sociedade atual.
A programação começou às 14h com diálogos abertos sobre lesbofobia, transfobia e homofobia. Para o estudante de Letras Diego Caetano, os debates foram interessantes, pois o Mercado Sul tem promovido diversos eventos culturais, porém Cuerpos Libres é o primeiro direcionado a diversidade sexual e diversidade de gênero. "Várias pessoas, várias experiências, várias leituras sobre o mundo, sobre o que é ser uma LGBT na favela, na periferia", afirmou Diego.
Como o evento tratou de liberdade, não poderiam faltar oficinas relacionadas. Foram ministradas oficinas de maquiagem drag, oficina de twerk, oficina de bambolê, oficina de Performance Vogue e oficina de Autocuidado para Mulheres Lésbicas e Bissexuais. Após ministrar a oficina de bambolê, Paloma Menino contou um pouco sobre a história do Mercado Sul, sobre a oficina ministrada por ela e sobre projetos futuros.
O estudante de Arquivologia Erick Souza, 20 anos, orientou a oficina de Performance Vogue. Erick ensina as técnicas para a dança e vê na performance a simbologia de resistência política.
Ao anoitecer o Slam das Minas, grupo responsável por batalhas de poesias entre mulheres, lideraram o espaço e os participantes contribuíram com falas de empoderamentos durante o sarau. O Slam homenageou a cantora e poetisa Prethais que na última semana sofrera, junto à sua companheira, um ataque lesbofóbico.
Prethais nos contou um pouco sobre espaços de voz e empoderamento feminino:
O evento finalizou ao som de Tropicox, Afrobixas, Andy Viajante e Rosa Luz, que, além de tocar, impulsionou o movimento como ativista das causas LGBTTTs. Rosa Luz escreveu sobre sua participação no evento: “O rap é uma forma de resistência e expressão que encontrei pra poder gritar todo o sangue que um dia ousaram nos tirar: é nós por nós, para nós, pelas que morreram nas guerrilhas da vida, seja preta, trans ou de periferia. E é nessa batida que nóis grita, nas ocupações da vida: que se vierem tentar nos colonizar, nos normatizar, ou nos calar: não passarão! Cada dia que passa, é o bonde das mana preta, periférica, sapatão, trans, travesti y lgbt que vem representando tudo e mostrando que CHEGA! É nois por nois!”
Rosa Luz postou no YouTube vídeo com sua participação no evento:
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