Virada do Cerrado promove debate sobre mudanças climáticas
- Lorrany Castro
- 12 de set. de 2016
- 2 min de leitura
Evento de quatro dias superou a última edição e reuniu atividades em 28 espaços do Distrito Federal

Com a temática Mudanças Climáticas, a segunda edição da Virada do Cerrado aconteceu de 7 a 11 de setembro e contou com diversas atividades lúdicas, esportivas, de culinária e de cunho científico com objetivo de debater sobre o Cerrado e os diversos meios de proteção a ele. O projeto foi, inicialmente, inspirado na Virada Sustentável, que começou em São Paulo e já aconteceu em Valinhos, Manaus e Porto Alegre. “A gente pegou esse mote que a Virada Sustentável de São Paulo tem e trouxe pra cá com a nossa cara, com esse jeito `cerratense´ de fazer mesmo”, diz Tony Lopes, um dos assessores de comunicação do evento.
A temática de 2016 foi trabalhada a partir dos quatro elementos naturais: ar, água, fogo e terra. Sendo assim, atividades de diversos cunhos foram desenvolvidas em prol da atenção ao tema. “Criamos eventos que misturam arte, cultura e lazer. São ações da população, do governo e da iniciativa privada”, afirma o secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, André Lima. O investimento para a Virada do Cerrado é de R$ 500 mil, de acordo com ele.
A Virada do Cerrado é um programa desenvolvido de forma colaborativa e voluntária por diversos setores da sociedade civil e do governo local e, neste ano, houve um aumento de representações da sociedade civil por todo o DF. Dessa forma, o evento ocupou 28 espaços, em regiões administrativas, como Brazlândia, Ceilândia, Plano Piloto, Estrutural, Paranoá e Santa Maria. Em cada um desses lugares, foi formado um Comitê Criativo composto por órgãos de governo, ONGs, empresas e indivíduos independentes a fim de mobilizar seus parceiros para a criação e participação das atividades em cada região.
Um dos objetivos da Virada de 2016 também foi o de ocupar os parques e as unidades de conservação, segundo o administrador regional do Lago Norte, Marcos Woortmann. “É um convite para as pessoas ocuparem o espaço público e conhecerem melhor a região em que vivem”, diz. Por tal motivo, aconteceram oficinas nas imediações do Córrego do Urubu, entre o Lago Norte e o Varjão, na área rural conhecida como Serrinha do Paranoá, com público formado por crianças com idade a partir dos 4 anos.
Ainda que a ideia da Virada do Cerrado tenha vindo da Virada Sustentável, de São Paulo, um dos pilares do projeto é a valorização da arte, do trabalho e da educação local. Sendo assim, diversas atrações culturais do DF estiveram presentes nas festividades. Fotógrafos, artistas plásticos, musicistas, pesquisadores e artesãos locais marcaram presença e levaram um pouco mais de consciência ambiental e cultural aos participantes.

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